Em 1992 A Turma do Dionísio estreava Triângulo Escaleno. Espetáculo de atores para público adulto, escrito por Silveira Sampaio.
No elenco estavam Jerson Fontana, Maristela Marasca e Silvestre Grzibowski.
Direção: Jerson Fontana
Técnica: Alessandro Maia
Cenário e figurinos: O Grupo
Programação Visual: Augusto Bier
Coreografia: Benhur
Produção Executiva: Paulo Menezes
Projeto Pedagógico: Maristela Marasca
Aspectos Históricos:
“Como é que o senhor foi parar dentro do meu armário?" – pergunta Carneiro. “Creio que não estou muito bom da cabeça... De vez em quando eu estou muito bem, me dá uma vontade de fazer uma coisa estranha, faço” – responde Sérgio. Assim, começam a se desenrolar os primeiros aspectos da história de um triângulo amoroso.
Até a estréia, ensaios no Centro de Cultura, confecção de cenário e figurinos e aulas de dança para “dar conta” de um tango em cena. Trabalho de paciência para o professor de dança e desafio para os atores.
Além de abordar o tema com humor, a proposta do Grupo era fazer uma “abordagem sutil e responsável de um tema tão delicado”. É o que revela a matéria do Jornal das Missões de 10 de junho de 1992, que registra ainda: “A peça toca nos sentimentos mais íntimos e verdadeiros dos seres humanos. Quem pode falar sobre paixão, sem se referir a si mesmo? Essa questão a peça, aos poucos, deixa transparecer.”
No projeto pedagógico, temas e conteúdos sugeridos para serem discutidos a partir do espetáculo: o amor, a sexualidade, o casamento, o homossexualismo, o trabalho e o materialismo histórico. No início dos anos 1990, uma ousadia sugerir temas da esfera íntima e política como estes para alunos de escolas do interior do país.
Pretendendo romper barreiras, o projeto pedagógico do espetáculo esclarecia a proposta do Grupo: “Acreditamos na possibilidade da escola realizar um trabalho novo, que venha de encontro aos anseios de seus alunos e comunidade. Para isso, é preciso fazer um aprofundamento no conhecimento das relações homem-natureza e das relações entre os homens” (Projeto Pedagógico da peça Triângulo Escaleno – 1992).